O setor elétrico mundial deve acrescentar previsto neste relatório, quase 3 700 GW de nova capacidade renovável durante o período 2023 – 2028, impulsionados por políticas de apoio em mais de 130 países.
A energia solar fotovoltaica e a energia eólica representarão 95% da expansão renovável global, beneficiando de custos de produção mais baixos do que as alternativas de combustíveis fósseis e não fósseis.
Nos próximos cinco anos, espera-se que vários marcos em matéria de energias renováveis sejam alcançados:
Em 2024, a energia eólica e a solar fotovoltaica juntas gerarão mais eletricidade do que a energia hidrelétrica.
Em 2025, as energias renováveis ultrapassarão o carvão para se tornarem a maior fonte de geração de eletricidade.
A energia eólica e a solar fotovoltaica ultrapassarão, cada uma, a geração de eletricidade nuclear em 2025 e 2026, respectivamente.
Em 2028, as fontes de energia renováveis representam mais de 42% da geração global de eletricidade, com a participação da energia eólica e solar fotovoltaica duplicando para 25%.
A América Latina adicionará mais de 165 GW de capacidade de energia renovável de 2023 a 2028.
Quatro mercados representam 90% das adições da região:
– Brasil (108 GW),
– Chile (25 GW),
– México (10 GW) e
– Argentina (4 GW).
A energia solar fotovoltaica lidera as adições de capacidade, seguida pela energia eólica.
O desenvolvimento hidroeléctrico em grande escala na região abrandou, uma vez que foram desenvolvidos locais economicamente viáveis e alguns grandes projectos foram adiados por questões de licenciamento ou financiamento.
A energia hidroelétrica representou mais de metade das adições em 2011-2016, mas desde então caiu significativamente e representará apenas 5% de todas as adições no período de previsão.
O Brasil representa quase 90% dos quase 50 GW de adições de energia solar fotovoltaica distribuída da região.
Um esquema generoso de medição líquida levou a um boom na capacidade distribuída de energia solar fotovoltaica, com o país adicionando mais de 15 GW desde 2015.
Em janeiro de 2023, a lei de medição líquida do Brasil foi alterada para reduzir gradualmente a remuneração generosa.
Embora em muitos mercados mudanças drásticas nas políticas ou nas compensações muitas vezes levem a quedas dramáticas na nova capacidade, espera-se que o setor solar fotovoltaico distribuído do Brasil permaneça forte, com adições em média de mais de 7 GW por ano até 2028.